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277: Lideranças querem o fim da obra em 5 anos

Prefeitos, lideranças políticas e entidades de classe da região somam-se a uma nova mobilização para assegurar a finalização no máximo em cinco anos das obras de duplicação no trecho entre Cascavel e Medianeira. O movimento pela duplicação da 277 é antigo e sempre defendeu pista-dupla nos 140 quilômetros entre Cascavel e Foz do Iguaçu, obra originalmente contemplada na concessão de rodovias. Mais de 42 quilômetros foram duplicados, porém o recente desconto de 30% nas tarifas coloca a conclusão da obra em risco.
O tema levou prefeitos da região a discutir o assunto e a procurar as forças regionais, como lideranças políticas e empresariais, na tentativa de pressionar o governo a fim de o projeto de duplicação não ser abandonado. O tema foi apresentado quinta à noite na Acic pelo presidente da Amop e prefeito de Medianeira, Luiz Suzuke. A concessão existe há mais de oito anos e três termos aditivos foram incorporados ao projeto original e a cada corte na tarifa precisa haver equilíbrio e isso significa menos obras e melhorias no Anel de Integração Rodoviário, a exemplo do que aconteceu recentemente, segundo Suzuke.
Os prefeitos, a exemplo de todo o Oeste, consideram a BR 277, no trecho entre Cascavel e Foz do Iguaçu, como estratégico para o Paraná e para o Brasil e a média de veículos, 6,5 mil por dia, viabiliza tecnicamente a obra, como confirmou o engenheiro-chefe do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), Carlos Rolando Razzini, presente à reunião de quinta-feira à noite. “A BR 277 é uma rodovia internacional e corremos o risco de não ter a duplicação nem em dez anos caso fiquemos parados”, alertou o prefeito Luiz Suzuke.
As lideranças defendem a inclusão de três representantes do Oeste na Comissão Paritária, que acompanha aspectos relacionados à concessão. Elas querem a inclusão de um nome da Amop, um da Acamop e outro indicado pela Caciopar. A oitava reunião da comissão acontece quarta-feira, quando a regional do DER levará informações sobre medições recentes e também sobre a preocupação regional quanto à possibilidade de não-continuidade da duplicação. A comissão tem acesso agora a informações detalhadas da concessão e há vários questionamentos em curso, como a cobrança de impostos que não deveriam ser incluídos na tarifa, lembrou Razzini.
O empresário Adão Gasparovic recordou que a luta pela duplicação é antiga e que a Acic, obteve, em 1997 a informação de ela estaria pronta em cinco anos. O contrato original de concessão previa a conclusão da obra em sete anos, ou seja, dezembro de 2004, e a agora a estimativa é ainda pior, lamenta o empresário, que não poupou críticas a Roberto Requião. “Enquanto o governador brinca de reduzir o pedágio, nós, aqui do Oeste, ficamos sem essa importante duplicação”. O presidente em exercício da Acic, Guido Bresolin Jr., lembrou que a associação comercial tem essa como bandeira antiga e vai colaborar em tudo para materializar a obra.
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