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“ESG não é moda, é necessidade que gera valor”, diz consultor da Heineken

Ao contrário do que alguns ainda possam pensar, o ESG não é uma moda ou uma simples tendência. “É uma necessidade e uma necessidade que gera valor”, disse durante o 1º Fórum ESG Acic, na noite de quarta-feira, o consultor da Heineken Luciano Fernandes. Luciano foi convidado pela Vice-Presidência para Assuntos de ESG para falar a uma plateia formada por 300 pessoas sobre os resultados práticos de um sistema de métricas em implantação por empresas e instituições em vários países.

Desde a década de 1960, sem nenhuma perspectiva à época de criação de uma agenda que integrasse meio ambiente, governança e aspectos sociais, a Heineken já adotava medidas focadas na responsabilidade ambiental. Um dos exemplos citados por Luciano foi de povos africanos, principalmente em regiões carentes, de utilizar a antiga garrafa da cerveja, feita em vidro e semelhante a um tijolo, na construção de casas. “Essa é uma prática de décadas atrás, mas que já indicava que o combate ao desperdício e o respeito aos recursos naturais gerava reflexões”, segundo Luciano.

Há mais de dez anos a Heineken implementa em suas empresas, no mundo todo, conceitos de sustentabilidade. “E os resultados são inúmeros. Já percebemos que, ao adotar o ESG como um dos nossos pilares, há redução na emissão de carbono, a inclusão traz resultados contundentes e que o consumo responsável, de produtos zero álcool, tem sido bastante impactante. Todas as estratégias adotadas pela empresa, seja no ambiental, social e governança, alcançam repercussão. Estamos provando na prática que isso tudo não é moda e sim uma necessidade que gera valor”, afirmou Luciano.

Conceitos

O presidente da Acic, Siro Canabarro, destacou a urgência de as empresas se integrar a mudanças fundamentais, principalmente pela preservação do planeta e seus recursos. “Atualmente, somos mais de oito bilhões de pessoas e o consumo equivale a 1,8 planeta Terra. Estamos em uma margem perigosa e precisamos colocar em prática fórmulas para evidenciar os benefícios do capitalismo verde”. Por sua vez, a vice de ESG, Bruna Saara, afirmou que o evento contou com a presença de pessoas interessadas em saber como o ESG pode se tornar uma prática inserida nos seus negócios. “Esperamos contribuir e disseminar conteúdos capazes de mostrar oportunidades e necessidades desse novo mercado e consumidor”.

Bruna e a especialista em ESG Márcia Correa apresentaram os conceitos gerais do método. “Essa deve ser, principalmente, uma relação de transparência com o mercado”, afirmaram, para detalhar aspectos ligados a normas, compliance, posicionamento e processos para alcançar resultados em gestão e governança. Ao adotar essa estratégia, a empresa terá em mãos indicadores de combate a riscos e de potencialização de oportunidades.

Jaqueline Metzner, do Sicoob, informou, entre outras coisas, sobre posturas do mercado e governo de valorização da agenda ESG e da abertura, inclusive, de linhas com diferenciais a empresas que observam os conceitos da agenda. Houve também a apresentação de vários cases com resultados - Unimed, Nutriplan, Cais Coworking e Núcleo ODS.

Legenda: Primeira edição de um evento que debate agenda em evidência no mundo

Crédito: Assessoria

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