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Contextos até pouco tempo desconsiderados passam a ser determinantes ao sucesso do negócio. A ansiedade, o estresse, as causas sociais e ambientais, a preocupação com a finitude dos recursos naturais do planeta e até a opção de alguns por consumir o mínimo possível influenciam na estratégia de vendas das mais diferentes lojas. “Não há dúvidas que estamos em uma época de mudanças severas, por isso os lojistas e empresários precisam estar atentos”, observa o presidente da Acic, Siro Canabarro.

Os palestrantes Rodrigo Rodrigues (VP de Planejamento da OpusMúltipla), Bruno Pacheco (fundador e CEO da Zedia) e Henrique Kirilauskas, diretor-executivo do Grupo RIC, apresentaram sínteses de pesquisas europeias e norte-americanas, e dados locais e nacionais, para mostrar quem é e como atrair esse novo consumidor. A pandemia, com as restrições de circulação e o uso exponencial das tecnologias digitais, mudou a forma de compra e a expectativa de muitos consumidores. O cliente não deixará de ir à loja, mas ele espera encontrar praticidade, facilidade e agilidade.

“A nova geração não quer dor nem dificuldade. Então, como a sua loja pode oferecer micromomentos de alegria a esse consumidor”, questionou Rodrigo. As mídias sociais têm forte influência nesse novo universo de relações mercantis. E cada plataforma deve ser empregada com características e linguagens próprias. O Tiktok, por exemplo, é utilizado por 70% das pessoas da geração Z como ferramenta de diversão, não de socialização. “Hoje em dia, ou a gente briga ou a gente vende”, afirmou Rodrigo. Para 73% dos novos consumidores, as marcas devem, de alguma forma, ajudar a proteger o planeta”. Já são 64% os que preferem comprar em empresas com propósitos sociais.

As novas tecnologias, o uso de inteligências artificiais e de robôs ganham espaço nos mais diferentes setores e quanto mais jovem o entrevistado mais ele concorda com essa “divisão de tarefas”. Muitas redes utilizam o holograma para explicar sobre um produto ou para recepcionar clientes, enquanto outras usam softwares para compras assertivas, levando praticamente a zero a devolução de peças adquiridas em transações digitais. A estratégia dos itens de baixo custo, que contribuem para formar percepção de preço, é cada vez mais utilizada inclusive por grandes redes, que trocam espaços enormes por lojas cada vez mais compactas.

Lugar certo

Diante de um novo consumidor, as lojas precisam aprimorar como aplicar os recursos de divulgação. É determinante entender que o consumidor multicanal consome três vezes mais que o monocanal. Algumas lojas buscam parcerias com a indústria para fortalecer resultados e todos ganham. Outra tendência é a do reuso e revenda de peças e mercadorias. Pesquisa indica que 71% dos consumidores ouvidos compram no mínimo um produto usado por mês. E que, mesmo com a avanço das novas, tecnologias convencionais, como a TV, ainda têm bastante peso junto ao consumidor e suas escolhas.

Henrique apresentou o resultado de uma pesquisa com consumidores locais. Mais de 50% dos ouvidos disseram que pretendem comprar calçados, roupas e acessórios nos próximos seis meses; 53% vão ao supermercado uma vez por semana; 60% consomem carne bovina e 33% de frango; 72% compram em shoppings ou lojas de rua; 45% querem iniciar curso superior; 73% têm plano de celular pré-pago; 56% escolhem o pneu do carro pela marca e 74% dos que pretendem comprar um apartamento buscam um imóvel de até R$ 250 mil. Bruno, por sua vez, apresentou informações que mostram a TV como um canal de desempenho superior, que alcança várias pessoas ao mesmo tempo.

Legenda: O consumidor 3.0 foi o tema central da reunião empresarial da noite de quinta

Crédito: Assessoria