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Mesmo respondendo por 6,4% do PIB, setor de seguros têm desafios enormes

O setor de seguros responde por 6,4% do PIB brasileiro, fazendo do País o 17º dessa relação no ranking mundial. O líder são os Estados Unidos, onde o segmento responde por 14,5% do Produto Interno Bruto. Apesar de números expressivos que demonstram sua importância econômica e social, o setor tem enormes desafios no Brasil, mas que podem ser vistos também como oportunidades de crescimento. Seguro além do seguro foi o tema que trouxe à reunião empresarial da Acic, na noite da última quinta-feira, o presidente das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul do Sindseg, Altevir Prado.

Com R$ 1,6 trilhão de reservas em 2021, a área de seguros é a segunda maior financiadora da dívida pública brasileira, mas pode representar ainda mais caso um número mais significativo de pessoas entenda que ter seguros representa terceirizar riscos e levar uma vida mais planejada e com menos percalços. Altevir informou que apenas 30% da frota de veículos é segurada, somente 17% das pessoas contratam seguro de vida, 17% das residências são seguradas e 25% têm plano de saúde.

“Em economias desenvolvidas, muito mais do que economizar e fazer sacrifícios para construir patrimônio e deixar herança aos filhos, os casais se preocupam em ter um bom seguro de vida”. Quanto mais desenvolvida a economia de um país é, mais associada à cultura do seguro ela está, afirma Altevir. Na composição percentual para a formação de sua participação no PIB nacional 38% estão ligados ao seguro saúde, 32% ao seguro de pessoas, 19% aos seguros gerais, 7% à capitalização e 4% à previdência privada.

Atualmente, o Brasil tem 161 seguradoras, 959 operadoras de planos privados de saúde, 177 mil empregados, 93,4 mil corretores de seguros e 3,6 mil profissionais peritos. Em 2022, a arrecadação foi de R$ 267 bilhões e o valor devolvido à sociedade, em indenizações, chegou a R$ 296 bilhões. Os segurados estão assim distribuídos: 49 milhões são beneficiários de assistência médica, 29 milhões de planos odontológicos, 19 milhões são seguros de automóveis e 11 milhões de residências. Altevir lembrou que apenas nos últimos seis anos o valor devolvido pelo segmento à sociedade brasileira foi de R$ 1,9 trilhão.

 Pandemia

A exemplo do aconteceu com inúmeros setores, o de seguros também teve impactos com a pandemia. Embora o risco apresentado por uma pandemia como a da Covid estivesse excluído de seus contratos, as seguradoras brasileiras pagaram R$ 6 bilhões a 162 mil famílias pelo óbito de parentes vítimas da doença. “Isso demonstra a importância do papel representado por esse setor à economia de um país e à sociedade”, destacou Altevir.

O presidente do Sindesg Paraná/Mato Grosso do Sul falou também das expectativas para 2023. A boa notícia é que as incertezas estão menores do que eram no ano passado, por isso a previsão de bons resultados é mais otimista. Altevir encerrou como uma frase do ex-primeiro ministro britânico Winston Churchil: "Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no batente de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis".

A reunião empresarial da Acic, na quinta à noite, foi conduzida pelo vice-presidente Marcio Blazius. Entre as entidades representadas esteve o Núcleo Setorial de Corretores de Seguros da associação comercial.

Legenda: Altevir durante a reunião empresarial da associação comercial, na Sala Paraná

Crédito: Assessoria

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