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Bailak fala na Acic de complexidade, avanços e desafios da saúde pública

Gerir a saúde pública de Cascavel e alcançar os melhores resultados possíveis é uma tarefa muito mais difícil e complexa do que a grande maioria dos usuários do sistema e da população local pode imaginar. Essa é a leitura possível a partir de uma apresentação minuciosa feita na manhã desta quarta-feira pelo secretário municipal de Saúde, Miroslau Bailak, a diretores da Acic. Apesar dos desafios, que são significativos, os números mostram que a qualidade dos serviços de responsabilidade da administração pública municipal melhora a cada ano. 

É fácil compreender também que os atendimentos de média e de alta complexidades poderiam ser muito melhores caso o responsável direto por eles, o Estado, observasse à risca todas as suas atribuições e competências. E todo o sistema ganharia, com impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos a quem busca a rede pública, se o governo estadual aproveitasse a estrutura física que já existe, criasse e mantivesse novos leitos no Hospital Universitário. “É, realmente, uma situação complexa. A Acic quer contribuir para que mais avanços aconteçam”, disse o presidente Genesio Pegoraro.

Exemplos

Alguns números mostram o tamanho da dificuldade. O Estado libera apenas 63 exames de ressonância magnética por mês, entretanto há 1,9 mil  pessoas na fila de espera. E são mais de cinco mil aguardando por um exame de colonoscopia (o Estado libera 39 exames para toda a 10ª Regional de Saúde por mês) que pode indicar riscos de desenvolvimento ou a presença de câncer no intestino. Devido a uma opção adotada há muito tempo, de não se integrar ao regime de gestão plena (que libera recursos per capita para que o município administre todas as suas demandas na saúde pública), Cascavel ficou responsável pela atenção básica, e o Estado então pela média e alta complexidades. Com isso, o município não pode investir um único centavo no que é de responsabilidade do Estado.

Avanços

Cascavel avança muito na atenção básica de saúde, segundo Miroslau. Em apenas seis anos, criou 33 novas equipes de Saúde da Família. As outras 27 que existem foram implantadas em quase três décadas, até 2017. A meta é chegar a 80 equipes até o fim do ano que vem, com forte resposta na qualidade desses serviços à comunidade. Foram construídas 20 unidades básicas de saúde e da família e revitalizadas 21. Até 2017, a cobertura da atenção básica era de 50,2% e atualmente está em 82,4%. “A cada cem dias, atendemos apenas com consultas médicas, uma Cascavel inteira, que tem mais de 350 mil habitantes”, destacou o secretário de Saúde. Há avanços também, só para citar alguns exemplos, no crescimento em 254% na produção da enfermagem e de 640% no número de exames de pré-natal.

Legenda: O secretário Miroslau Bailak em encontro com diretores da Acic

Crédito: Assessoria

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