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Agronegócio vai crescer 15% em 2023 no Brasil

O agronegócio brasileiro vai crescer 15% em 2023 na producão de grãos - safra atual é de 312 milhões de toneladas. A informação é do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, e foi dada na noite de quinta-feira durante a última reunião empresarial sob o comando de Genesio Pegoraro na Acic. Cenários para o agronegócio foi o tema central da exposição que, além de presencialmente, foi acompanhada pelas redes sociais da associação comercial.

Em 32 anos, a produção brasileira cresceu 448% e a área plantada no mesmo período avançou apenas 104%, resultado do trabalho dedicado, das novas tecnologias empregadas e da busca contínua pela sustentabilidade, afirmou o presidente da Coopavel.


Apenas seis estados respondem por 77% da produção nacional de grãos – três do Centro-Oeste e três do Sul. O Brasil é o único país com condições de avanços expressivos na agricultura nos próximos anos e sem necessidade de derrubar ou ocupar um único metro da Amazônia.

A produção brasileira de soja chega a 153 milhões de toneladas, 30% superior à norte-americana (116,4 milhões). Mesmo com esse bom desempenho, Dilvo diz que o milho será o produto do futuro do agro. Atualmente, a produção mundial é de 1,14 bilhão de toneladas e na safra atual a defasagem do consumo chega a 106 milhões de toneladas. Ele apresentou médias de produtividade da soja e milho na comparação entre o Show Rural e Brasil.

No evento, há variedades de soja com produtividade de 6,3 mil quilos por hectare, enquanto que no Brasil ela é de 3,5 mil quilos. Já no milho, há híbridos na feira com 15,4 mil quilos por hectare e a média no País é de 5,6 mil quilos. “Essa é uma clara demonstração do quanto a tecnologia e eventos de disseminação como o Show Rural Coopavel contribuem para a evolução do agronegócio nacional, fazendo do País um grande celeiro e em breve a ser consolidado como o maior exportador de alimentos do planeta”, observou Dilvo.

Já no trigo, com perspectiva de produção este ano de 12,5 milhões de toneladas há boad chances de o Brasil chegar à autossuficiência. O Paraná terá, em 2023, a maior safra do grão da história. A previsão total de produção de grãos neste ano é de 44 milhões de toneladas, equivalente a 14% de tudo o que o País colhe.

Dilvo destacou também que com 60% de todo o seu território preservado, o Brasil é o país mais verde do mundo. E os produtores rurais brasileiros doam parte de sua propriedade, de 20% a 80% dependendo da região, à proteção do meio ambiente.

O presidente da Coopavel, que é vice da Acic para Assuntos do Agronegócio, falou também do mercado de carnes e da hegemonia dos estados do Sul, principalmente do Paraná, como grande produtor nacional de proteínas de frango e suínos. Em 2022, o mundo produziu 360 milhões de toneladas de carnes e o Brasil, sozinho, perto de 10% desse total. Até 2030, há perspectiva de crescimento das exportações do País em 4 milhões de toneladas de carnes de aves, de 2 milhões de toneladas de suínos e de dois milhões de toneladas de bovinos.

 

Desafios

O cenário mundial exige atenção, alertou o presidente da Coopavel pontuando o seguinte: recessão, inflação, aumento das taxas de juros, elevação da despesa dos governos e guerra. No Brasil, os principais desafios são déficit de armazenagem, gargalos logísticos e atual modelo tributário. Para encerrar, Dilvo destacou o papel das cooperativas como agentes de transformação e oportunidades e da Coopavel como um instrumento importante ao contínuo processo de desenvolvimento de Cascavel e das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

O encontro empresarial contou com a participação também de estudantes do curso técnico de Agronegócio do Colégio Wilson Joffre. O aluno João Pedro Cândido, 16, está no segundo ano e disse ter optado pelo curso por gostar e se identificar com os assuntos do setor. “Desde criança, tenho contato com sítio e criações e estou feliz com as perspectivas da profissão que escolhi”, afirma João, que se mostrou impressionado com as informações apresentadas sobre a força e a pujança do agro brasileiro.

 

Legenda: Dilvo durante a última reunião empresarial da gestão do presidente Genesio Pegoraro, na Acic

 

 Crédito: Assessoria

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