Um grupo de cientistas
internacionais surpreendeu o mundo há 22 anos com o anúncio do mapeamento, à
época, de 92% da sequência do DNA humano. A conclusão do trabalho aconteceu
duas décadas depois e exigiu US$ 3 bilhões em investimentos, equivalente a R$
17 bilhões. Mas com a popularização dessa pesquisa já é possível que uma pessoa
contrate esse serviço por cerca de US$ 1 mil.
Inúmeros projetos seguem nessa
direção, a exemplo do Genoma, criado há cerca de três anos e que pretende
transformar o município de Guarapuava, na região Central do Paraná, em uma
referência em pesquisa genética no Brasil. Dias atrás, empresários e técnicos
da área de inovação de Cascavel foram ao município conhecer o projeto e
estabelecer diálogo que poderá frutificar em parceria entre o Vale do Genoma e
o Iguassu Valley, ecossistema de inovação com dez anos de atividades e eleito o
melhor do Brasil no ano passado.
O presidente do Iguassu Valley e
vice-presidente da Acic para Assuntos de Inovação, Jadson Siqueira, apresentou
um relato de sua visita na manhã desta quarta-feira aos diretores da associação
comercial. “O que eles têm lá parece uma fusão entre Iguassu Valley e Biopark,
de Toledo. Eles querem essa característica, do mapeamento genético para uso na
medicina preventiva, como a principal veia do ecossistema em formação”.
Eles têm inclusive um hospital que já serve de base para inúmeras pesquisas.
Com a parceria em construção será necessário pensar como o mapeamento do DNA poderá ser associado ao
agronegócio, que é uma das principais cadeias produtivas do Oeste. Com as novas
pesquisas, não há apenas redução de custos no mapeamento do genoma mas também de
tempo, com possibilidade de realizar uma leitura completa em até 24 horas, como
já acontece na estrutura montada em Guarapuava. “Pudemos ver muitas coisas
interessantes nesse contato e também perceber, por exemplo, o quanto eles estão
conectados com ações estratégicas do governo”, citou o vice de Inovação da
Acic.
Feiras
Quem também apresentou relato na
reunião de diretoria desta quarta foi o vice-presidente da Indústria, Carlos Strzalkowski. Ele esteve no
interior do Rio Grande do Sul e no Paraguai e se disse surpreso com a qualidade
dos eventos voltados ao agro e com as inovações apresentadas. “Fiquei
impressionado com a quantidade de máquinas e com a tecnologia embarcada já
disponível. Com sistemas especiais de navegação, ganham força as autônomas, que cumprem suas funções sem a presença de operador. Precisamos estar atentos para capacitar pessoas
para trabalhar com essas tecnologias revolucionárias”, alertou Carlos.
Legenda: Jadson é vice-presidente da Acic para Assuntos de
Inovação
Crédito: Assessoria