Buscar orientações e saber juridicamente o que
pode ser feito para coibir a prática de vendas casadas comuns em algumas
empresas do ramo ótico de Cascavel. Esse foi o centro dos debates de reunião
realizada nesta terça-feira, na Acic, pelo Núcleo Setorial de Óticas com a
participação de entidades e órgãos públicos locais. “Precisamos encontrar uma
solução legal para combater uma atitude que prejudica consumidores e lesa
empresas do segmento”, destaca a coordenadora do Núcleo, Fabiane Gênero.
O encontro na associação comercial serviu para que
empresários que se dizem prejudicados falassem das dificuldades do setor,
relatando principalmente sobre os problemas gerados pela prática da venda casada.
Com a promessa de consulta oftalmológica gratuita, o consumidor acaba tendo a
receita retida e obrigado a comprar o que precisa na ótica específica. “Ao ser
envolvido nesse mecanismo, ele perde o direito de pesquisar e de encontrar o
melhor local para comprar os produtos que precisa”, observa Fabiane.
Esse é um hábito que não é novo. E também não é a
primeira vez que o Núcleo Setorial de Óticas da Acic traz o tema para a mesa
para encontrar uma saída. A reunião contou, entre outros, com a participação de
representantes do Procon, Vigilância Sanitária, Associação Médica de Cascavel,
Conselho Regional de Oftalmologia, Ajorpa e Croo, o Conselho Regional de Óptica
e Optometria do Paraná.
“Ao mesmo tempo em que relatamos a situação, abrimos
espaço para que os convidados pudessem nos dar informações a respeito.
Queríamos ouvi-los para saber, do ponto de vista jurídico e ético, o que pode,
efetivamente, ser feito para combater esse tipo de arranjo que tão mal faz ao
setor e às pessoas que precisam desse tipo de atendimento”, diz Fabiane. Outros
encontros deverão ser realizados para aprofundar o tema e, com o suporte das
devidas análises, encontrar consenso sobre o melhor caminho a seguir. A reunião
também contou com a presença do presidente da associação comercial, Genesio
Pegoraro.
Legenda:
A reunião foi realizada na Sala Altamir Silva, na associação comercial
Crédito:
Assessoria