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Nova Ferroeste é uma janela imperdível de oportunidades

Com redução de até 30% nos custos logísticos, a Nova Ferroeste é uma janela imperdível de oportunidades para a economia brasileira e da América do Sul. Quem é afirma é o coordenador do grupo de trabalho do Plano Estadual de Ferrovias, Luiz Fagundes, convidado especial da Acic para a reunião empresarial da noite da última quinta-feira, 17 de novembro.

A Nova Ferroeste é a espinha dorsal de um projeto de modernização e de busca de eficiência que trará impactos a nove milhões de pessoas de 603 municípios de cinco estados e também do Paraguai e Argentina. “O projeto se desenvolve no estado mais sustentável do Brasil e na região de maior produção por metro quadrado do planeta”, disse Fagundes a empresários e a líderes de entidades ligadas à logística e ao transporte.

Fagundes informou que devido à transparência, ao elevado grau de sustentabilidade e à sua importância social e econômica, a Nova Ferroeste está alicerçada em um projeto técnico robusto, que é de Estado e não de governo. “Com as mudanças em curso, talvez o processo atrase, mas não tenho dúvidas de que ele acontecerá”. Sete audiências foram realizadas sem que houvesse uma única contestação ambiental. O projeto é sustentável, exemplo da redução da emissão de carbono de uma composição com 150 vagões que transporta o mesmo que 534 caminhões.

70% do PIB

A Nova Ferroeste é uma solução logística viável. Setenta por cento do PIB da América do Sul está em um maio de mil quilômetros e será diretamente beneficiado por essa obra que se tornará o segundo maior corredor de exportações do Brasil. Paraná e Santa Catarina, juntos, respondem por 71% das exportações de carnes suínas e de 70% da de frango. O Mato Grosso do Sul, com a extensão até Maracaju, terá vantagens para receber fertilizantes, que hoje é transportado por caminhão por uma distância de 1,2 mil quilômetros. Santa Catarina receberá grãos e o Paraguai poderá deixar de empregar barcaças para receber contêineres, uma operação cara e demorada.

O projeto em construção é tão importante que, além de Foz do Iguaçu e Mato Grosso do Sul, há interesse e estudos em andamento para levar ramais também ao interior de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O Plano Estadual de Ferrovias prevê 1.567 quilômetros de trilhos, desses 628 entre Cascavel e Paranaguá, com trechos que sofrerão profundas atualizações. Hoje o percurso entre esses dois extremos, Oeste do Paraná e Sul do Estado, consome cinco dias de viagem. Com o novo traçado pronto, o mesmo percurso será cumprido em 20 horas.

Atualmente, conforme Fagundes, apenas 20% do que é exportado pelo Porto de Paranaguá chegam por modal ferroviário, e desse montante 90% são cargas das regiões Norte e Nordeste do Estado. A previsão em 2030 é que o percentual de transporte por ferrovia passe de 20% para 60%, melhorando bastante a performance do modal no Oeste. Esse percentual será então semelhante ao que ocorre atualmente na China e Estados Unidos, dois dos países mais competitivos do mundo. Fagundes destaca também que o Porto de Paranaguá recebe há anos investimentos de vulto, aumentando sua capacidade de movimentação e modernizando suas operações.

R$ 36 bilhões

A previsão de investimentos na Nova Ferroeste é de R$ 36 bilhões. Desse montante, R$ 14,5 bilhões são obrigatórios e entre essas obras está a nova conexão entre Cascavel e Paranaguá, com previsão de funcionamento sete anos depois do início do contrato. Com taxa de retorno de investimento de 11% e com o novo marco ferroviário que permite frentes em outras moedas e acesso mais fácil a capitais, haverá muitos investidores interessados quando forem realizados os leilões de concessão na bolsa de valores, afirma Fagundes. A concessão será por 99 anos. O novo corredor de exportações tem hoje potencial para 38 milhões de toneladas, que saltarão para 96 milhões em 2080.

Legenda: Encontro de empresários e líderes com Luiz Fagundes, do Grupo de Trabalho do Plano Estadual de Ferrovias

Crédito: Assessoria

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