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Pesquisa aponta que cascavelense é humano, trabalhador e família

O teor e as nuances de uma das maiores e mais completas pesquisas sobre o perfil do paranaense, e principalmente do cascavelense, acabam de ser compartilhadas. Um universo de 45,6 mil pessoas, dessas duas mil de Cascavel, respondeu a um questionário elaborado pela RPC em parceria com a Diferencial Pesquisa de Mercado e com a GMKT Soluções. Alguns dos principais pontos apurados na aferição foram apresentados durante reunião empresarial da Acic, quinta-feira à noite, pela coordenadora de Inteligência de Mercado e Produto da RPC, Renata Matheus.

Segundo Renata, a finalidade da pesquisa é construir um grande mapa, de forma inteligente e colaborativa, que possa representar os principais perfis de comportamento de quem vive no Paraná. Uma das primeiras surpresas do estudo foi perceber que o Estado é muito mais homogêneo e uniforme do que se pensava. Há algumas diferenças entre gerações e idades, mas bem sutis. Com 40 perguntas, a aferição é considerada uma das mais abrangentes já realizadas para tentar entender o paranaense a partir de questões simples e contemporâneas.

Outra constatação é que o público de Cascavel é formado por pessoas maduras. Mais de 50% dos que responderam têm mais de 40 anos – a média é de 43 anos, similar à do Estado. Dezesseis por cento integram a Geração Z, formada por pessoas que nasceram entre 1995 e 2010; 34% pela Geração Y, de nascidos entre 1980 e 1995; 42% pela Geração X, nascidos entre 1960 e 1980; e 8% são Baby Boomers e Veteranos, que nasceram entre 1927 e 1945. Na questão sobre a quem recorrer em momento de dificuldade, a maioria respondeu pais e companheiros.

E quanto ao que o mais lhe preocupa? Doença ou perda de alguém da família e futuro dos filhos foram as respostas indicadas entre as mulheres. Já entre os homens, as dívidas são o maior fator de preocupação. E quando se aposentar, perguntou a pesquisa: viajar e morar em um local tranquilo, seguro, foram as principais afirmações. Os participantes também responderam sobre algum hábito incorporado no último um ano. Os jovens responderam assistir mais TV e os mais experientes cuidar mais da saúde.

Mega-Sena

O espírito solidário e altruísta do cascavelense se mostrou por completo em uma questão que pedia sobre o que faria caso ganhasse na Mega-Sena. A maioria respondeu ajudar alguém. Também apareceram comprar ou trocar de casa. A preocupação com o outro está em todas as faixas etárias pesquisadas – pessoas com idades entre 16 e 29 anos, 30 a 49 e 50 anos ou mais. Comida e bebida foram os itens mais abordados na pergunta sobre o que você não se importa em gastar. Também foram citados cuidados com a saúde e o bem-estar.

Quanto às causas que defende, Renata apontou uma situação curiosa. O maior estrato de quem respondeu afirmou que é contra a violência à criança (43%) e à mulher (41%) e também defende ações que punam e inibam a corrupção (25,5%), essa principalmente apontada pelos homens. Porém, embora empunhem essas bandeiras, apenas 6% dos que participaram do estudo se definiram como ativistas. E quanto às nossas raízes? Em Cascavel, oito em dez pessoas são nativas, nasceram no Paraná, e 18% vieram de outros estados, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A escolaridade melhorou muito em comparação há 20, 30 anos. Trinta por cento têm ensino médio, 26% pós-graduação e 20% curso superior completo. Do total, 77% informaram ter estudado mais que seus pais. Das mulheres, oito em dez têm escolaridade superior ao de seu pai e mãe. E como o cascavelense vive, procurou saber também a pesquisa. A maioria, 42% moram com o companheiro e filhos, 21% vivem apenas com o companheiro e 10%, sozinhos. Somente 24% informaram não ter animal de estimação. A preferência de 56% é por cachorros, seguidos por gatos (24%), pássaros (15%) e peixes (5%).

Trabalho

No mundo do trabalho, uma das perguntas apresentadas foi quanto aos benefícios que mais o atraem. Para a maioria é ter aumento de 10% no salário, ter direito a plano de saúde, ter mais férias e descanso, e para parte das mulheres gostaria de trabalhar meio-período. Sete em dez pessoas disseram ser organizadas em suas finanças. E essa mesma proporção afirmou não ter dinheiro suficiente para realizar seus sonhos. Quarenta por cento não conseguem poupar.

Uma informação de especial interesse dos empresários é a que mede como o cascavelense compra. Setenta e cinco por cento preferem ir à loja física e ter a experiência da compra, de provar, ver e ter acesso ao produto instantaneamente. Para 42%, a preferência é pela união do físico e digital e apenas 6% compram apenas pela internet. Sete em dez consumidores optam, em condições de igualdade de preço e qualidade, por comprar itens fabricados no Estado.

Família

“A pesquisa mostra ainda que o paranaense, o cascavelense, tem um olhar especial para a família. Para 39% deles, dar boas condições de vida à família é um grande objetivo”, pontuou Renata. Por outro lado, o que mais tira o sono das pessoas é o medo de alguém da família adoecer ou falecer. E quando questionados sobre a possibilidade de o mundo acabar amanhã, as principais respostas foram: ligar ou ficar com pessoas queridas, viajar e beijar e abraçar muito. E para o futuro? A maioria (51%) disse querer ter um companheiro e filhos.

A pesquisa buscou saber também quanto à preferência das pessoas sobre o conteúdo das propagandas que assistem. Os jovens gostam de peças divertidas; pessoas mais maduras buscam ofertas e os mais experientes se interessam por mensagens de projetos de ajuda ao próximo. O presidente da Acic, Genesio Pegoraro, ressaltou a qualidade dos indicadores apresentados, que abrem inúmeras possibilidades a partir da atenta análise das informações e hábitos nelas contidas.

Legenda: Renata durante reunião com empresários. Dados de pesquisa com 45,6 mil paranaenses

Crédito: Assessoria

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