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Experiências acumuladas em mais de 40 anos de profissão, dicas sobre carreira e emprego e bom-humor foram os ingredientes da palestra de abertura do Conexão Empresarial 2011, com o administrador de empresas Max Gehringer. Ele repassou três dicas que considera preciosas para construir uma carreira sem grandes desgastes e estresse desnecessário. O tripé é formado por mandamentos simples, segundo o conferencista, no entanto não aplicados por uma boa fatia dos trabalhadores dos mais diversos setores econômicos do País: entender quem manda, compreender mudanças e conhecer pessoas.
Reconhecer a existência de um chefe, suas virtudes, características e limitações, é o ponto de partida para uma relação profissional sem graves acidentes de percurso. "Se sou contratado é porque uma determinada função precisa ser desenvolvida. Por isso minha função, goste ou não, é dar suporte ao chefe". Quem não se adaptar a essa regra básica do mundo corporativo terá problemas e caso não se adapte, estará fora do jogo em pouco tempo. "Quem entender e seguir esse mandato do mundo dos negócios terá uma vida menos turbulenta no mercado", conforme Gehringer.
Outro aspecto indispensável, conforme o administrador, é entender que as coisas mudam e a cada instante. "A mudança faz parte da natureza e da vida das pessoas e de cada um, e principalmente independentemente do que penso sobre elas". Gheringer citou algumas mais recentes e que há 20, 25 anos sequer poderiam ser imaginadas. "Celular há 20 e poucos anos era um artigo de luxo, de status social. Hoje, ter apenas um chega a ser estranho". Cada empresa, em função de sua lógica de trabalho e das pessoas que a compõem, tem sua cultura própria, e perceber que ela não se ajusta a questões pontuais, individualizadas, mostra-se uma tarefa urgente e das mais sábias.

Pessoas
Compreender e respeitar a individualidade, no entanto, compõem um dos aspectos mais importantes da convivência corporativa. "Embora sejamos parecidos, ninguém é igual ao outro. Cada um tem seus princípios, seu jeito de ser e agir. A soma de virtudes, focadas em objetivos comuns, compõe um cenário vencedor". Ainda sobre as mudanças que são comuns à vida e à natureza, Max Gheringer lembrou que há 20 anos um caixa de banco precisava ter três mil horas de formação para ocupar a função, à época razoavelmente remunerada. Hoje, precisa de no mínimo 12 mil e dominar um idioma estrangeiro para ser contratado por um salário inicial de dois mínimos e meio.
Gehringer lembrou que os grandes países, aqueles que chegaram ao estágio de nações desenvolvidas, compactuam, além de educação de qualidade, com outra característica comum: contam com grandes empreendedores. Há no Brasil a carências de carreiras superiores e técnicas que formem pessoas para empreender e isso precisa mudar com urgência, segundo o administrador. Ele vê dois cursos como úteis a quem quer ter sucesso adicional na carreira profissional: expressão verbal e o Empretec, do Sebrae. O desenvolvimento do gosto pela leitura, de textos bons e consistentes, é outro fator colaborador no processo de formação de uma personalidade crítica e bem situada sobre os temas contemporâneos.

Legenda da foto: Cerca de 900 pessoas prestigiaram a palestra de abertura do Conexão, no auditório da Reitoria da Fag - Crédito: ValePress

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