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Segurança pública: Empresários cobram mais ações do Estado

A violência e o surgimento de novas modalidades criminosas criam um clima de insegurança em Cascavel e nos municípios da região. O tema foi debatido por empresários na manhã desta quarta-feira durante reunião de diretoria da Acic. O assunto requer atenção especial e os líderes precisam exigir do Estado mais ações e investimentos, principalmente em prevenção, segundo o presidente do Conseg, o Conselho Comunitário de Segurança de Cascavel, Francisco Justo Júnior. De acordo com Justo, grande parte das 64 mortes violentas registradas em Cascavel em 2009 têm conexão com o consumo e o tráfico de drogas. “A família, que precisa ser um ente orientador, demonstra falhar em manter jovens e adolescentes longe do vício. Se o pai e a mãe não sabem ensinar adequadamente, por deficiências que também possam ter enfrentado, então o Estado precisa assumir essa responsabilidade a partir de programas educacionais e de ações capazes de dar melhor encaminhamento às futuras gerações”, conforme Justo. Toda sociedade organizada, principalmente o Estado, devem estabelecer um amplo diálogo para buscar alternativas e vencer esse problema, segundo Justo, para quem a hora não é de buscar culpados e sim saídas coerentes e eficientes para um problema tão grave. O tema preocupa os empresários, de acordo com o presidente da Acic, Marcos Roberto Teixeira. “A Acic e as entidades organizadas sempre estiveram e estão abertas ao diálogo e a buscar meios capazes de mudar uma realidade que é dura e envolve a todos”. O presidente do Conseg voltou a defender mudanças no Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente. “Alguns o entendem como a melhor coisa do mundo, mas não é. A superproteção não é benéfica e cria esses quadros de crime tão difíceis de aceitar”, afirma. As cadeias estão cheias e quatro mil mandados de prisão, emitidos em Cascavel, ficam para um segundo plano em razão da falta de estrutura. “Esse é o espelho da nossa sociedade, dos exemplos e das maracutaias que vêm de Brasília. Esses desmandos todos colocam na cabeça das pessoas que o crime compensa”, lamentam os empresários.
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