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Wizard dá dicas para ser um empreendedor de sucesso

De um sonho de criança à criação da maior rede de escolas de idiomas do mundo. Essa seria uma das maneiras mais fáceis e práticas para explicar, em poucas palavras, a história de vida de Carlos Wizard, um dos maiores empreendedores da atualidade mundial. Cerca de 700 pessoas, que acompanharam a segunda das quatro palestras do Conexão Acic 2017, tiveram a chance, na noite de terça-feira, de conhecer em detalhes o percurso vencedor de um brasileiro de família humilde, que sonhou, se preparou e alcançou muito mais do que poderia imaginar.

Com a simplicidade comum aos grandes, Carlos Wizard falou do cotidiano de um empreendedor por excelência. Dos medos, inseguranças, dificuldades e desafios adicionais que um país como o Brasil impõem a quem decide, pelo talento, esforço e trabalho, vencer na vida. Com 12 anos e morando em Curitiba, o filho de um caminhoneiro e de uma costureira colocou na cabeça que queria aprender inglês. Com pouco dinheiro e sete filhos para criar, os pais não podiam ceder ao encanto das crianças para realizar nem o mais simples dos seus pedidos. Mas um dos rebentos, apesar da realidade sofrida, permitia-se sonhar.

A sorte bateu à porta na forma de missionários mórmons norte-americanos, que percorrem vários países com a missão de levar e difundir a palavra de Deus. Um deles, percebendo o interesse do menino Carlos Wizard, pelo idioma, disse que um dia, se ele quisesse e os pais permitissem, iria estudar em uma universidade nos Estados Unidos. Por mais sedutora que a proposta se mostrasse, nem nos mais belos devaneios o menino acreditava que aquilo daria certo. Porém, o que parecia improvável ocorreu e ele acabou matriculado em uma das inúmeras instituições de ensino do estado de Utah. Anos mais tarde, já formado e com inglês fluente, retornou e começou a trabalhar com carteira assinada. A renda era de um mínimo por mês.

O primeiro emprego não durou muito. “De onde vim e com o histórico que tinha, muitos poderiam dizer que aquele menino nasceu para o fracasso”. Determinado e confiante, Wizard conseguiu outro trabalho e percebeu a oportunidade de ganhar um extra aceitando o desafio de um amigo, que queria aulas de inglês fora do horário de expediente. De apenas um aluno, em algum tempo ele teria sua primeira turma e sua primeira escola de idiomas. “Na maioria das vezes, uma grande chance aparece disfarçada de trabalho. E para agarrá-la, além de perseverança, deve-se estar preparado”. De um único, Wizard chegou ao auge do seu negócio com um milhão de alunos, três mil escolas, cinquenta mil empregados e atuação em dez países. No fim de 2013, a rede que o professor de inglês montou foi vendida para uma gigante inglesa por R$ 2 bilhões.

Escala

Durante boa parte da carreira como dono do próprio negócio, Wizard pensava como professor e não como empresário. Até que percebeu que o próximo estágio estava em dar escala ao que fazia. “Não se pode ter uma empresa que dependa inteiramente de você. Que em caso de doença, imprevisto ou compromisso o trabalho e o faturamento parem”. Como é comum, ele também foi chamado de doido e orientado a não fazer isso quando pediu conselho aos parentes e amigos sobre a intenção de abrir uma escola de línguas. O isso não vai dar certo e o isso não dá dinheiro foram alguns dos conselhos que mais ouviu, mesmo assim persistiu e decidiu ir em frente. “Geralmente quem não deu certo tenta te convencer de que você também não dará”, pontou Wizard na palestra do Conexão Acic.

A exemplo de uma absoluta minoria de brasileiros, o empreendedor afirma que o patrimônio que o acumulou permitiria que ele, seus filhos, netos e até bisnetos não se preocupassem mais com dinheiro. “Porém, decidi pelo trabalho porque quando feito com amor trabalho vira realização e satisfação”. Hoje, Carlos Wizard se dedica ao empreendedorismo como contribuição. Há, conforme ele, sete chaves para o sucesso: oportunidade, vender produtos ou serviços em vez de horas trabalhadas, entender se o que ganha é o que merece, transformar talento em fonte de renda, compreender diferenças básicas e essenciais entre empresa e atividade geradora de renda, praticar a máxima de que é mais importante guardar do que saber ganhar e buscar sua origem divina – porque quem leva a vida com fé tem mais capacidade de organização, perseverança e resiliência, afirmou ele.

Venda direta

Depois de vender a rede de escolas de idiomas, Wizard comprou outras empresas que atuam nas áreas de cosméticos e alimentos. O objetivo dele é audacioso, e em dez anos tornar o negócio o maior do segmento de venda direta do País. O sistema, cita ele, tem como alicerces ser uma escola de empreendedores, ter equipe de apoio, oferecer treinamentos constantes, garantir flexibilidade de horários, além de renda estável e crescente. “É importante pensar grande, mas ter humildade de começar pequeno e aprender com o ofício”. Mais decisivo que ter velocidade é ter certeza de que seu negócio está no caminho certo e a primeira pergunta que se deve fazer é saber se a sua empresa atende a uma necessidade do mercado.

Toda boa ideia ou projeto requer um primeiro passo, e ele só ocorrerá se existir decisão, vontade de trabalhar, planejamento e perseverança, orientou Carlos Wizard. “Só prospera quem sabe e poupa parte do que ganha”, aconselhou o empresário. Ele apresentou também cinco passos que considera pilares para o sucesso pessoal, familiar, profissional e empresarial: acreditar em você, acreditar em Deus, acreditar nos seus sonhos, acreditar no seu potencial e acreditar no seu potencial infinito de realização.

Legenda

O bilionário Carlos Wizard durante palestra no Conexão Acic. “É preciso pensar grande, mas ter humildade para começar pequeno”

Crédito: Assessoria

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