Notícias


Imagem Notícia

Reunião em Brasília: Consenso é por esforços para que duplicação da 163 não pare

Treze deputados e o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, receberam na noite de segunda-feira, em Brasília, líderes do Oeste para debater sobre as obras de duplicação da BR-163, no trecho de 38,9 quilômetros entre Toledo e Marechal Cândido Rondon. O anúncio de que os trabalhos poderão parar em julho por falta de recursos criou uma espécie de mutirão para buscar meios de garantir o dinheiro que as etapas de 2017 exigem. Alguns consensos foram extraídos do encontro: que a duplicação da 163 é estratégica e que a obra não pode e não vai parar.

O ministro Quintella explicou que, devido à falta de recursos, à queda na arrecadação e à difícil situação que o novo governo encontrou, não há como dar andamento a todas as obras de infraestrutura em curso no País. Por isso, a opção foi por canalizar recursos àquelas que já haviam cumprido 80% do cronograma. Aos poucos, conforme a situação econômica e de caixa da União forem melhorando, os projetos serão retomados e concluídos. Os deputados federais do Oeste (são 6, 20% dos 30 que compõem a bancada) começam a conversar também para garantir, para o orçamento de 2018, pelo menos R$ 45 milhões à duplicação.

O presidente da Caciopar, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira, considera a reunião das mais produtivas e mostrou que todos estão interessados em contribuir para encontrar soluções para que a duplicação siga sem percalços. “O Oeste sai fortalecido e se comprova a importância da 163, que liga vários estados e regiões, como um dos grandes corredores de exportações do País”, diz o presidente da Acic, Alci Rotta Júnior.

A continuidade da duplicação depende de R$ 60 milhões para o exercício de 2017. O superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Paraná, José da Silva Tiago, conseguiu viabilizar R$ 19 milhões. Da reunião de Brasília, saiu a decisão de buscar outros R$ 36 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a obra.

O encontro em Brasília contou com as participações dos deputados federais do Oeste Nelson Padovani, Evandro Roman, Dilceu Sperafico, Alfredo Kaefer e também de outras regiões do Estado - Christiane Yared, Zeca Dirceu, Alex Canziani, Toninho Wandscheer, Paulo Martins e Sergio Souza, além dos estaduais Elio Rusch, José Carlos Schiavinato e Ademir Bier. Também participaram os prefeitos de Toledo, Lucio de Marchi, de Marechal Cândido Rondon, Mario Rauber, e de Quatro Pontes, João Laufer, bem como empresários de várias cidades da região.

Legenda

Encontro de líderes do Oeste com autoridades, segunda-feira à noite em Brasília

(lideresreuniaobrasilia2017)

Crédito: Assessoria

--

(retranca)

R$ 306,5 milhões

As obras de duplicação dos 38,9 quilômetros entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, na BR-163, foram iniciadas em outubro de 2015. A construtora Castilho venceu a licitação por R$ 306,5 milhões. O cronograma até agora, em várias etapas, estende-se por 21 quilômetros. São obras de drenagem, terraplenagem e início das fases de pavimentação. Oito por cento (R$ 23 milhões) do valor global foram liberados.

A BR-163, com mais de 3,2 mil quilômetros, é a principal artéria de conexão entre estados do Sul, Centro-Oeste e Norte do Brasil. Ela é responsável por transportar fatia significativa de riquezas e em trechos no Oeste, como entre Toledo e Rondon, o tráfego diário chega a ser superior a 10,2 mil veículos. O movimento elevado gera acidentes e mortes, além de tornar o escoamento menos ágil do que poderia. Caciopar e outras entidades organizadas defendem a duplicação há muitos anos.

O governo federal, por meio do Dnit, contratou, além dos 38,9 quilômetros entre Rondon e Toledo, 74 quilômetros entre Cascavel e Marmelândia, no interior de Realeza, no Sudoeste do Estado. Os trechos somam 112,9 quilômetros, com custo global de R$ 885,5 milhões.

Voltar