Notícias


Imagem Notícia

Hilsdorf: O futuro não será do mais forte e sim do mais preparado

Encontrar a medida certa para fazer da dificuldade uma alavanca de crescimento pessoal e profissional é uma das virtudes mais valorizadas no homem do novo século. O economista Carlos Hilsdorf trabalhou o tema na última das quatro palestras do Conexão Empresarial, quinta à noite, e fechou o programa de uma promoções do gênero melhor sucedidas na história de Cascavel. Hilsdorf repassou e interpretou conceitos e ofereceu dicas de como é possível enxergar oportunidades nos obstáculos tão comuns na vida de toda pessoa ou empresa. Há apenas duas formas de aprender: pelo prazer ou pela dor. A primeira é a opção mais coerente, porque permite antecipar o aprendizado. “Viver já é um ato de competição, que começa com a própria vida. O importante não é ser o mais rápido, mas ser o mais preparado”. A competência está associada à inteligência aplicada, conforme Hilsdorf. A competição só incomoda aos acomodados, àqueles que resistem à mudança e que talvez ignorem que a dificuldade sempre vai existir. As pessoas precisam compreender que o imprescindível não é o que a vida oferece a cada um, mas a resposta que cada um, individualmente, dá às mais diversas situações comuns ao ato de viver. O obstáculo testa se o que alguém queria era algo desejado profundamente e o coloca à prova do quanto está disposto lutar por algo. A primeira providência para tornar a dificuldade em oportunidade está em mudar seu estilo de reação aos problemas que a vida traz, não se deve fixar o problema e sim o que fazer para superá-lo. Hilsdorf aponta que em 90% das vezes cada um tem as ferramentas para derrotar o obstáculo. Ir até o fim sempre ajuda alicerçar o processo de superação. O impossível de fazer, conforme o consultor, é a desculpa que os fracos usam para desistir. “Essa é uma posição covarde diante do obstáculo”. Muitos dizem esperar as condições ideais para agir que, segundo Hilsdorf, jamais vão aparecer. “O vôo no mercado é sempre turbulento, não há mais calmaria, porque o universo é dinâmico e a única opção é vencer”. O empresário não precisa correr riscos, ele assume riscos, que são coisas absolutamente distintas. O assumir é uma postura vencedora, porque deve seguir acompanhada de pesquisa de risco e análise de forças e fraquezas perante o risco e o resultado é o lucro. Um dos desafios da atualidade é fazer e buscar resultados sem que no futuro as pessoas sejam impedidas de executar a fim de também obter retorno. Tipos de empresa Há cinco tipos de empresas, de acordo com Hilsdorf: aquelas de fazem acontecer, as que acham que fazem acontecer, as que observam as coisas acontecer, aquelas que se surpreendem quando as coisas acontecem e, por último, há ainda aquelas que não sabem o que aconteceu. A vida é decisão e escolha e as grandes fortunas do mundo estão nas mãos daqueles que decidem rápido, que em menos de dez minutos sabem o que e por que fazer. “Decidir qualquer um decide, manter e aplicar a decisão é o que torna a pessoa grande”. Demitir, a exemplo de admitir, é uma arte e uma necessidade gerencial fundamental para que as empresas mantenham-se competitivas. É essencial também dar o devido valor aos funcionários que fazem por merecer distinções especiais. “Mesmo em condições adversas, o colaborador precisa dar o máximo, porque em algum momento será percebido, nem que seja pela concorrência”, segundo Hilsdorf. O tempo, diz o economista, é o recurso mais desperdiçado atualmente. É que as pessoas estão preocupadas demais em pensar em como resolver em vez de ter a atitude de agir e buscar uma solução rápida para qualquer impasse. A melhor versão do futuro que se pode obter é construir hoje essa perspectiva. “É olhar o atual com senso de urgência, porque as coisas são para agora”. O futuro pertence aos mais competentes. Um caminho nessa direção está na análise de erros e acertos. No ir além do erro do outro e em aprender melhor e mais rápido que a concorrência. “O maior interessado em tornar seu negócio obsoleto é você mesmo. O valor não está em ter razão e sim em procurar aprender continuamente”, observa Hilsdorf. O conferencista citou o nome do pensador Peter Drucker, autor de quatro perguntas consideradas transformadoras: O que estou fazendo que não precisa ser feito?, O que estou fazendo que poderia ser feito por outro?, O que estou fazendo que só eu posso fazer? e O que eu deveria fazer que não estou fazendo?. A simplicidade é considerada o último estágio do processo de aprendizado. “Fazer sempre um trabalho excelente, em qualquer condição, paga melhor aos melhores”. Círculos O vencer em qualquer instância da vida pessoal ou profissional é a soma do conhecimento e da competência. Todos os grandes desastres seguiram uma mesma rota, o conhecido círculo vicioso. Ele começa na dificuldade, avança para o problema, é elevado à condição de crise e atinge o caos. Tudo o que vale a pena na vida, afirma Hilsdorf, exige sacrifícios, determinação e trabalho. Dicas para implementar o círculo virtuoso: dificuldade elevada ao estágio de oportunidade e este tornado em sucesso (superação, inovação e reinvenção). O mundo não se resume à informação ou à quantidade de informações que se tem, mas à sabedoria. O imprescindível nesse processo todo, segundo o conferencista, é ser inesquecível. Qualquer um pode ser substituído, mas atingir o grau de inesquecível é o que faz a diferença. “O futuro não será dos mais fortes, e sim dos mais competentes. Daqueles que estão continuamente interessados em aprender”. Para conhecer mais sobre o trabalho do palestrante Carlos Hilsdorf, visite o site www.carloshilsdorf.com.br.
Voltar