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Cury fala para 800 pessoas em ciclo de palestras

 

Oitocentas pessoas participaram na noite de segunda-feira, no Teatro Municipal de Cascavel, da palestra de abertura da nona edição do Conexão Empresarial. O tema A arte de lidar com as pessoas foi apresentado pelo doutor em Psicanálise e autor de livros de sucesso em todo o mundo Augusto Cury. A dimensão do raciocínio e a complexidade das questões apresentadas, que na grande maioria das vezes nasce no cotidiano das pessoas, impressionaram e fizeram com que os presentes refletissem sobre atitudes e estilo de vida que escolheram.
Cury disse que as pessoas são tão complexas e sofisticadas que quando não têm problemas elas os criam. “Ninguém muda um teimoso. E de tanto tentar aquele tentou passa a ser ainda mais teimoso que o outro”. E ninguém, por melhores que sejam as intenções, muda o outro, geralmente as intervenções contribuem para a piora do quadro, afirmou o psiquiatra. A mente humana desenvolve mecanismos que, no menor sinal de ataque, usa defesas que costumam tirar o agredido do seu estágio considerado normal.
Dispositivos como erguer o tom de voz, humilhar e expor alguém em público são desencadeadores de reações que mutilam a criatividade, a espontaneidade e conduzem à retração. O ato de se relacionar com o outro não é simples e essa dificuldade ajuda a explicar os níveis de angústia, de ansiedade e de fobias da atualidade. Um dos berçários da abertura de janelas que Cury define como killer (memórias ruins e traumatizantes) é a escola. A abordagem de parte dos professores é equivocada quando, em vez de potencializar uma possibilidade para algo bom, evidenciam o erro e a falha do aluno.
A mente humana conta com um registro automático de memória, que arquiva para sempre na maioria das vezes o que não se quer. É impossível apagar esses arquivos e em situações conflitantes, janelas determinadas se abrem e expõem fraquezas e fobias. Mas há como editá-las e tudo tem relação em como a pessoa se relaciona com ela e com os outros. Um dos passos está em ter a humildade de se colocar no lugar do próximo. “Não podemos ser escravos em uma sociedade livre”, afirmou Augusto Cury.
Cobrar demais dos outros e de si mesmo inibe uma das mais importantes oportunidades que a vida oferece, que é de aproveitar o instante e de ser feliz no presente. Por isso, disse o psiquiatra, é ruim sofrer por antecipação. As mentes mais brilhantes da humanidade foram produzidas pelas dúvidas, pelo desafio às verdades impostas, pela quebra de paradigmas sociais e de ousar e romper o cárcere da rotina, observou Cury. Entender que cada pessoa é diferente e respeitar a individualidade do outro são fundamentais, acentuou. A segunda palestra do ciclo será dia 20 de setembro, com Arnaldo Jabor.

 

Legenda: Oitocentas pessoas participaram da palestra de abertura do Conexão, com Augusto Cury

Crédito: Assessoria

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