Janeiro branco, abril verde, setembro amarelo, outubro rosa... novembro azul! Mais do que meses identificados por diferentes cores, cada campanha trás além das tonalidades, um significado em comum: a informação e conscientização sobre assuntos voltados a área da saúde.

Tudo começou com o movimento outubro rosa, que tem como objetivo, alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Logo em seguida, os homens também receberam um mês dedicado somente a eles: o do novembro azul. O que se percebe é que a partir da criação desses dois grandes movimentos, o poder público, ONG´s, entidades e profissionais da área da saúde passaram a se organizar e instituir para cada mês do ano, uma nova luta contra uma ou mais doenças. Diferenciados pela simbologia das cores.

A exemplo disso, temos campanhas como de prevenção como da saúde mental – conhecida como janeiro Branco. A do setembro amarelo – que visa a prevenção do suicídio e do dezembro vermelho e laranja, que vamos falar melhor logo adiante.

Como podemos observar, caro leitor, os movimentos ganham mais força à medida que os anos passam, trazendo além das cores de cada mês, orientação e suporte sobre diferentes tipos de doenças que na maioria das vezes, eram desconhecidas pela população.

Dezembro vermelho e laranja: vamos conhecer melhor?

Como iniciamos nesta semana o último mês do ano, nada mais justo do que dar a ele o devido destaque. Assim como os demais meses, dezembro também é reconhecido por um importante movimento, aliás, um não, DOIS!

Para fechar o ano, o dezembro vermelho e laranja, além da união das duas cores mais quentes e vibrantes do círculo cromático, traz alertas indispensáveis a sociedade: a prevenção e diagnóstico precoce do HIV e câncer de pele.

Quando o movimento foi criado?

O dezembro Laranja surgiu no ano de 2014, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A finalidade da campanha é estimular a população a buscar pela prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele.

Já o dezembro Vermelho surgiu alguns anos depois, em 2017, e é dedicado a prevenção do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Desde então, a campanha possui uma série de atividades focadas na prevenção, assistência e promoção dos direitos humanos de pessoas que vivem com HIV.

Dados Câncer de Pele

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2021, foram previstos 8.450 novos casos, sendo 4.200 homens e 4.250 mulheres. O número de mortes no Brasil, é de: 1.978, sendo 1.159 homens para 819 mulheres.

Fatores de risco:

- Exposição prolongada e sem proteção ao sol;

- Exposição a câmaras de bronzeamento artificial;

- Ter pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros ou ser albino;

- Histórico familiar de câncer de pele.

Sinais e Sintomas

Segundo o INCA, o melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação em pele normal, pode ocorrer após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares, acompanhadas de sintomas como: coceira e descamação.

Já nos casos de uma lesão pigmentada existente, pode ocorrer o aumento do seu tamanho, mudanças em seu formato ou coloração passando a apresentar bordas irregulares.

Caso já tenha pintas, pelo corpo, é importante sempre mantê-las em constante observação. Atentando-se a todas as suas características e buscando auxilio médico quando surgir qualquer alteração suspeita.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é o melhor aliado na busca pela cura, caso haja a suspeita da doença. Durante a consulta o Dermatologista realizará o exame clinico, com necessidade ou não de biopsia da lesão.

O diagnóstico precoce, como falamos, pode ser o melhor aliado na busca pela solução do “problema”, ou seja, quando a doença já está instalada. Mas, melhor do que remediar, é prevenir, como já dizia o conhecido ditado popular.

Por isso é sempre bom lembrar...

Use protetor solar diariamente, evite exposição solar em horários inadequados, use óculos de sol. Proteja-se do sol! Essas são as melhores recomendações e iniciativas que você poderá tomar em favor da saúde da sua pele e da sua vida.

Então...  a palavra de ordem é: PREVENÇÃO, sempre!

Dados HIV

Segundo o UNAIDS (Programa das Nações Unidas):

· 37,6 milhões [30,2 milhões-45,0 milhões] de pessoas estavam vivendo com HIV no mundo em 2020;

·  1,5 milhões [1,1 milhões-2,1 milhões] de pessoas foram infectadas por HIV em 2020;

·  690 mil [480 mil-1 milhões] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS em 2020;

·  27,4 milhões [26,5 milhões-27,7 milhões] de pessoas tiveram acesso à terapia antirretroviral em 2020;

·  34,7 milhões [26 milhões-45,8 milhões] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia de AIDS (até o final de 2020).

Transmissão

·         Causado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV);

·         Transmitido através de fluidos corporais;

·         Pode ser transmitido por contato sexual;

·         Por contato com sangue ou da mãe para o filho durante a gravidez;

·         Parto ou amamentação.

Sinais e Sintomas

·         Febre;

·         Dor de cabeça;

·         Dores musculares e dor nas articulações;

·         Irritação na pele;

·         Dor de garganta;

·         Gânglios linfáticos inchados, principalmente no pescoço;

·         Suores noturnos encharcados;

·         Febre recorrente;

·         Diarreia crônica;

·         Manchas brancas ou lesões incomuns na língua ou na boca;

·         Fadiga;

·         Perda de peso inexplicável;

·         Erupções cutâneas e inchaços.

Diagnóstico

Assim como com o câncer de pele, quanto antes descobrir a sorologia positiva, melhor! Assim, maiores serão as expectativas de vida do paciente, a eficácia do tratamento e a promoção do bem estar. Sem falar que, as gestantes que vivem com o HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV caso sigam o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Por isso é tão importante buscar os testes rápidos (fluido oral) ou de sangue sempre que identificar que passou por uma situação de risco. Esses exames são ofertados de forma gratuita pelo sistema único de saúde (SUS), e podem ser feitos de forma anônima.

Prevenção

Embora seja clichê, nunca é demais alertar que a prevenção é o melhor caminho. E como ela é feita? Com iniciativas simples, porém fundamentais, como:

·         Utilização de preservativo durante o sexo;

·         Sempre usar agulhas esterilizadas;

·         Evitar compartilhar lâminas de barbear;

·         Cuidar com agulhas com manchas de sangue ou objetos de metal.

Como informar os colaboradores sabre a campanha?

Assim como os veículos de comunicação, as ONG´s, entidades de saúde e profissionais de saúde, o meio empresarial pode e deve ser um agente propagador de informações deste cunho. Incentivar campanhas de saúde pública, é mostrar que a sua empresa está preocupada com a vida das pessoas, incluindo, os seus colaboradores.

Muitas vezes, com a correria do dia a dia, as pessoas não prestam atenção em movimentos como o dezembro Vermelho/ Laranja e tantos outros que acabam passando despercebidos, então, gerar informação de qualidade e conscientizações sobre esses assuntos, é primordial!

Ambiente de trabalho também é local de conscientização e preocupação com a saúde e bem estar das pessoas. Mostrar que a sua empresa se preocupa e promove isso, é bem visto no mercado.

E como fazer isso?

Muito simples, veja algumas dicas que separamos para você aplicar na sua empresa e apoiar o movimento:

• Distribuição de panfletos;
• Colocação de cartazes;
• Disparos de e-mails interno;
• Palestras com profissionais;
• Distribuição de EPI´s (no caso do câncer de pele);
• Distribuição de camisinhas (no caso do HIV).

Seja qual for a estratégia que você optar, em sua empresa, o importante é que o seu colaborador entenda e absorva a importância de cada movimento, estimulando-o a buscar por exames preventivos anualmente.

E, cabe aqui um alerta: tão fundamental quanto informa-lo sobre campanhas anuais, é fundamental que a empresa esteja ao lado do colaborador em qualquer cenário que venha a surgir, a partir daí. Apoiando-o e incentivando-o a cuidar de si e da sua saúde, em primeiro lugar, sempre que necessário!

Fontes de pesquisa:

INCA;

UNAIDS;

FOCUS MEDICA;

AIDS.GOV.BR.

06/12/2021 - Viviana Durante