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29 de agosto é o dia Nacional de Combate ao Fumo, uma data que passa despercebida pela maioria das pessoas (e quando falo maioria das pessoas, eu, que escrevo neste artigo, me incluo, ou, pelo menos, já me inclui um dia). Vou explicar melhor, na sequência.

Meu pai foi fumante ativo por, pelo menos, uns 30 anos da sua vida, então, indiretamente, eu fiz parte desse mundo por um longo período da minha infância. Embora tenha convivido com o tabaco de perto, dentro da minha casa, a gente não percebe, não presta atenção em campanhas de conscientização como a do combate ao fumo, não damos a ela a devida atenção e importância – até que, em certo dia, datas como esta passam a fazer todo sentido para nós. Mais precisamente, no caso da minha família, desde a quinta-feira, de 5 de agosto, às 14 horas, em um consultório médico de Cascavel... data, hora e local em que o meu pai, ex- fumante há mais de 15 anos, recebia o diagnóstico de que em um dos seus pulmões se escondia um tumor infiltrativo, com características neoplásicas (nome e sobrenome que a medicina dá, para um tipo de câncer de pulmão). E quando digo se escondia, é porque ninguém imaginava, mesmo, que ele estava lá. Nem os próprios médicos, que o tratavam de  outras possíveis comorbidades, que iam desde asma até alergias respiratórias. Em momento algum houve qualquer suspeita, qualquer indicativo de que uma doença mais grave, estava se instalando. Não imaginávamos que depois de tanto tempo longe do tabaco, ainda era possível que meu pai sofresse com as consequências do seu antigo vício.

Então, se você é fumante e acredita que por não apresentar qualquer sintoma, está livre de passar por consequências relacionadas ao fumo, fica o alerta:  doenças graves, como o câncer, geralmente são silenciosas e facilmente confundidas com problemas mais simples, como uma tosse seca, causada com a mudança de estação (como disseram ao meu pai, em várias e várias consultas médicas).

Notícias desta complexidade nos pegam de surpresa, não tem jeito! Nunca é fácil receber um diagnóstico como o do câncer, não somos preparados para momentos como este.  E, como seres humanos falhos que somos, por mais que nos coloquemos no lugar do outro quando coisas do tipo acontecem, verdadeiramente só o sentimos, só temos ideia da sua dimensão, quando ela envolve quem amamos.

Mas, afinal, por que decidi contar tudo isso? Por que expor algo tão pessoal? 

O quero dizer, com tudo isso, é que esse é o caso do meu pai, e que ele não precisa e não deve ser o seu, ou, de alguém que você ama! Datas como esta (de combate ao fumo) existem e estão aí pra isso... para trazer histórias reais, como a da minha família, para que ela não aconteça com a sua!

Vir até aqui e contar o que tem acontecido, "lá em casa",  é mais do que dividir a nossa história na internet, é dar voz a movimentos que por si só, não se sustentam, não ganham força ou a projeção necessária! Campanha de conscientização que não externa o assunto por meio da vivência de outras pessoas, torna-se irrelevante.  Infelizmente, ainda é preciso “ver para crer” - o que não deveria! 

Assim como foi com o meu pai, muitos fumantes nem se dão conta de que aquela fumacinha branca que sai de suas bocas em formato de nuvem e que se desprende pelo ar, não é nada inofensiva ou terapêutica como parece. Mas, novamente, o ser humano precisa ver, para crer, antes disso, qualquer frase que venha a advertir o uso do cigarro, se torna imediatamente contestada, ou, simplesmente, ignorada! Afinal, sempre vai ter aquele tio de um vizinho que teve câncer e nunca fumou um único cigarro na vida, não é mesmo? Então, por que parar? O “ver para crer”, no nosso caso, demorou um pouco mais, mas ele chegou. Chegou de surpresa, 15 anos mais tarde, para deixar claro, que os danos que o tabaco provoca são sérios, e, que em muitos casos, nem o tempo dá conta de reparar.

Então, da minha família para a sua, vai um pedido: NÃO FUME! Jogue fora, hoje mesmo, esse cigarro que você insiste diariamente em queimar e, que provavelmente, nem sabe o porquê!


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Dados e informações: OMS (Organização Mundial de Saúde) / Patrícia Castro – Fisioterapeuta Respiratória Clínica Fisiovita.

Artigo/ relato : Viviana Durante – Jornalista e Analista de Marketing Comunicação ACIC. 

26/08/2021 - Viviana Durante