Notícias


Imagem Notícia

BC apreendeu R$ 8 mi em notas falsas em 2004

O Banco Central do Brasil apreendeu e destruiu R$ 8 milhões em notas falsas apenas nos primeiros sete meses deste ano, informaram quinta-feira à noite na Acic os analistas do BC/Regional Curitiba Aran Rutz Jr. e Adilson Brun. O volume chegou aos R$ 17 milhões em 2003, com a dilaceração de 538 mil cédulas falsas. Duzentas e quarenta e cinco mil notas sem valor chegaram ao Bacen de janeiro a julho de 2004. “Conhecer as características da moeda em circulação no País é a melhor forma de evitar prejuízo e dor de cabeça”, alertaram os técnicos.
Os analistas do Banco Central estiveram em Cascavel por dez dias e atenderam aos interessados em conhecer sobre o funcionamento e características do Bacen em uma unidade instalada no hall da prefeitura. A palestra de quinta à noite, no auditório da Acic, faz parte do programa de interiorização do banco e reuniu empresários e funcionários do setor financeiro, crediário e caixa. Aran e Adilson mostraram métodos de fabricação do dinheiro brasileiro, técnicas de falsificação e riscos a quem falsificar ou for pego com cédulas de real sem valor.
A nota mais falsificada atualmente no País é a de R$ 50 e em segundo lugar a de R$ 10. Os falsificadores aprimoram suas técnicas a cada dia e as imitações tornam-se mais convincentes com o avanço da tecnologia da computação – programas e impressoras de alta resolução. Porém, há várias dicas para evitar receber dinheiro sem valor. As cédulas fabricadas pela Casa da Moeda têm quatro dispositivos de segurança: marca d´agua (que está ausente em 90% das notas falsas), fios de segurança, fibras coloridas e faixas holográficas.
Há quatro processos de impressão usados pelo Bacen, do off set seco à calcografia. Esses recursos também impõem dificuldades às tentativas dos falsificadores. Elas dotam as notas de microimpressões com relevo, de marca tátil para orientar portadores de deficiência visual e imagem latente. Há também cuidados com as inscrições e numeração das notas. Os quatro primeiros números são a série, depois vem a ordem da cédula e a letra, chamada de estampa. Macete: o quinto número da esquerda para a direita sempre será zero. Se então for o um, os cinco dígitos seqüentes serão zero.
Falsificações
Há vários meios usados pelos falsificadores na produção de cédulas. As mais comuns utilizam a computação gráfica e impressoras off set úmido com papéis comercial e comum. A identificação pode ser feita pela observação dos itens de segurança e por métodos ainda mais simples, como perceber se a nota solta tinta ou se a cor é desbotada ou clara demais. O controle de qualidade do BC garante a impressão de notas sempre com a mesma tonalidade. As cédulas verdadeiras são feitas com papel especial de fibra de algodão.
As notas falsificadas costumam borrar em contato com a água e essa também pode ser uma dica para capturar notas ruins. A marca d´água, principal elemento de segurança, só aparece vista contra a luz e jamais sobre a superfície escura de uma mesa. As notas de R$ 1, R$ 2 e R$ 5 não têm fio de segurança, para evitar que sejam transformadas em cédulas de maior valor. A mistura de bronze e inox na fabricação de moedas fez diminuir a falsificação desse tipo de dinheiro. A pessoa que for pega com uma nota falsa e reconhecer que sabia se tratar de moeda sem valor pode pegar de seis meses a dois anos de prisão.
Dicas para identificar notas de real
Conheça algumas dicas para facilitar a identificação das notas verdadeiras de real.
1 - Marca d´água: Segurando a cédula contra a luz, observam-se, na área branca do lado esquerdo, figuras que variam do claro ao escuro.
2 - Registro coincidente: Olhando a nota contra a luz, o desenho das armas nacionais impresso em um lado se ajusta exatamente ao desenho igual que se encontra no outro lado.
3 - Imagem latente: Ao colocar a cédula na altura dos olhos, na posição horizontal, com bastante luz, vê-se, no lado esquerdo inferior, junto à tarja com a palavra reais, as letras BC.
4 – Impressão em alto-relevo: Utilizando o tato, pode-se sentir em algumas áreas da cédula o alto-relevo em vez de uma superfície lisa. Está presente, por exemplo, nos escritos da cédula e nas tarjas contendo a palavra real.
5 – Microimpressões: Ao utilizar uma lente, observa-se a presença das letras B e C no interior dos números maiores que representam o valor da cédula, na faixa clara à direita da figura da República.
6 – Fundos especiais: São linhas curvas que colorem a cédula, formando mosaicos.
7 – Fio de segurança: Fio magnético vertical, de cor escura, embutido no papel. As notas de R$ 1, R$ 2 e R$ 5 não tem esse recurso.
8 – Fibras luminescentes: Pequenos fios, espalhados pelo papel, que se tornam visíveis, na cor lilás, quando expostos à luz.
9 – Fibras coloridas: Pequenos fios, nas cores verde, vermelho e azul, que estão espalhados pelo papel e podem ser vistos em ambos os lados da cédula.
10 – Faixa holográfica: Elemento de segurança presente somente nas cédulas de R$ 20. Ao movimentar a nota, aparecem imagens do mico-leão-dourado e do número 20.
Voltar