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Núcleo vai aproximar as empresas do setor aéreo

Empresários, poder público e representantes de companhias aéreas e de agências de viagens participaram quinta à noite na ACIC de um debate sobre a realidade e as perspectivas do transporte aéreo para Cascavel. A principal finalidade do encontro foi aproximar todos esses setores e pensar estratégias para fortalecer o segmento e melhorar ainda mais a qualidade e diversidade dos serviços oferecidos à comunidade, informa a presidente da ACIC, a empresária Susana Gasparovic Kasprzak. A criação de um núcleo setorial entre os agentes de viagem é entendida como o caminho mais viável para estabelecer a aproximação e elo necessários para o crescimento contínuo do transporte aéreo em Cascavel, segundo o vice-presidente da ACIC, Guido Bresolin Jr. O chefe do setor Administrativo do Aeroporto, João Carlos Vettorello, apresentou dados técnicos sobre o atual aeroporto de Cascavel, em operação há 26 anos. A pista tem 1.615 metros de comprimento por 30 de largura e sua ampliação exigiria o afastamento de toda estrutura existente, hangares e terminal de passageiros em 150 metros. “Se esse aspecto for considerado, é mais fácil construir um aeroporto novo”, informou o presidente da Companhia Cascavelense de Transporte e Tráfego (CCTT), Sérgio Donadussi. Há R$ 500 mil no orçamento do Estado previstos para o atual aeroporto, dinheiro considerado suficiente para a execução das obras atualmente necessárias, principalmente a reforma do setor de recepção de usuários. A pista é suficiente até para receber o Boeing 737-500 e o Air Buss 390, que podem operar no local com até 88% de seu peso máximo. A recepção de grandes aeronaves não está associada basicamente à extensão da pista, mas à sua compactação e resistência.
A estrutura física é ocupada por 14 concessionários, entre eles duas empresas aéreas, duas locadoras de veículos e uma empresa de táxi-aéreo. Os hangares acomodam 15 aviões particulares. Há também duas distribuidoras de combustíveis, uma estação de rádio e uma viatura de combate a incêndio cedida pelo comando da aeronáutica. “Na sua classe, o aeroporto de Cascavel é um dos melhores”, informou o representante da Ocean Air, Manoel Raimundo de Carvalho. O gerenciamento da estrutura é da CCTT desde 1º de dezembro de 1993 - antes a responsabilidade era da Secretaria de Serviços Urbanos.
O movimento de passageiros cresceu de 1995 a 2001, saltando de 21.694 para 51.379, com média mensal de 4.282 usuários em 2001. No ano seguinte foram 30.224 passageiros e em 2003, 25.975. A média de 2004 já é de 2.526/mês, a quarta melhor dos últimos dez anos. A expansão está associada também ao uso de uma nova aeronave, o Focker 50, de acordo com João Carlos. Atualmente, duas empresas assistem o município: a Ocean Air e a Trip. São dez vôos regulares com saídas e chegadas para Foz do Iguaçu, Curitiba, Campo Grande, Dourados, Maringá e São Paulo.
A Trip passa oferecer a partir do dia 28 uma linha entre Cascavel, Campo Grande e Bonito. A Ocean Air opera com um Focker 50 de 48 assentos e a Trip com um ATR 42 para 42 passageiros. Diversas obras foram executadas na estrutura no ano passado, como a seção contra incêndio, pavimentação e pintura de área de estacionamento e pátio de manobras, controle de erosão nas laterais da pista, aquisição de dois pórticos e bastões para detecção de metais e reforma e pintura do farol rotativo. Duas empresas operam com a coleta e entrega de cargas em Cascavel, a Vaspex e a Variglog, transportadas a partir do aeroporto de Foz.
Os representantes das empresas reconhecem que esse é um mercado em expansão, mas não há projeção de operacionalização de aeronaves de carga a partir do aeroporto de Cascavel. O preço da passagem aérea de Cascavel a Curitiba em comparativo com Maringá a Curitiba também foi questionado. “Daqui à capital paga-se três vezes mais (R$ 240)”, informou o vice-presidente da ACIC para Assuntos da Prestação de Serviços, Valdinei Antônio da Silva. A definição de preços é feita pelas sedes das empresas e consideram diversos fatores, como a ocupação das aeronaves, destino e concorrência. “Por isso, a criação de um núcleo setorial é a melhor forma para debater esses assuntos e fortalecer todo o setor”, reforça a presidente da ACIC.
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