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Órgãos: Vencer tabus é maior desafio de campanha

Vencer a falta de informação e tentar corrigir distorções sobre o tema é um dos maiores desafios do Conselho do Jovem Empresário da ACIC ao lançar a Campanha de Conscientização e de Esclarecimento para a Doação de Sangue, Órgãos e Tecidos em Cascavel. O trabalho vai ser feito a partir de mutirões para cadastrar doadores voluntários, de minipalestras em escolas, universidades, associações, sindicatos e em hospitais e por meio da distribuição de material informativo.
O lançamento da campanha foi prestigiado por diversas lideranças, entre elas autoridades da área médica, como Luiz Burgarelli, Adilson Scopel, Tânia Regina Bressan, Luiz Carlos de Lima, Hi Kyueng Ann, Cristina Carvalho e Silvana Maria Tomasi. Doadores e receptores de órgãos puderam dar depoimentos e ressaltar a importância desse gesto. O Brasil tem 170 milhões de habitantes e é o segundo maior doador do planeta, atrás somente dos Estados Unidos. Porém, o país registra um índice modesto de doador por milhão.
O coordenador de treinamentos Gerson Grassia entende que a informação é o instrumento mais eficiente para vencer os mitos sobre a doação de órgãos no Brasil. “O dado mais importante que as pessoas precisam saber é quanto à seriedade, competência profissional e do rigor da legislação em vigor no Brasil”, afirma. O envolvimento de toda a comunidade, de acordo com ele, é imprescindível para o sucesso da campanha. “Essa deve ser uma luta de todos, indistintamente, porque nunca se sabe quem vai o próximo a precisar de doação”, ressalta.
As campanhas de doação ajudam a elevar em até 50% as notificações de possíveis doadores nas suas áreas de abrangência. Somente 1% das pessoas que entram em óbito podem ser potenciais doadoras. Quem tem câncer, aids e doenças como hepatite acaba excluído do processo. Somente quem teve morte cerebral pode ser doador. Quando o sangue pára de circular, órgãos como rins, pulmões e fígado já não podem mais ser transplantados.
Outro desafio da campanha, de acordo com o presidente do Conselho, o advogado Luiz Venícius Compagnoni, é sensibilizar as entidades responsáveis pelo início de um trabalho estatístico sobre a doação e o transplante de órgãos em Cascavel. Há possibilidade de o município ser transformado ainda este ano em um pólo regional para executar esse tipo de procedimento.
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