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Agronegócio responde por 34% do PIB de Cascavel

O agronegócio responde por 34% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cascavel, quatro pontos percentuais acima do que essa cadeia representa para a economia do País. A informação é do agrônomo do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), regional de Cascavel, Marcelo Bressan, que esteve quinta-feira à noite na Acic para dirigir a palestra “A importância do agronegócio para Cascavel”. A apresentação foi mediada pelo vice-presidente para Assuntos da Agricultura, o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. O encontro também foi prestigiado por diretores da Areac e pelo seu presidente Gilmar Dornelles.
Bressan informou que o agribusiness é a soma de todos os setores da agropecuária, formada pela agricultura e pela pecuária, e tem fortes ligações com outros ramos econômicos. “Todos os demais segmentos da economia brasileira dependem do agronegócio”, afirmou o agrônomo. O PIB do agronegócio é maior que o da agropecuária, porém os índices para dimensionar o tamanho do setor são calculados apenas sobre os resultados da agricultura e da pecuária, situação que, na opinião dele, deve ser corrigida. O PIB médio da agropecuária brasileira é de 13%, porém o Produto Interno Bruto do agronegócio é de 30% no País.
A estrutura do agronegócio é ampla e complexa, formada pela pecuária, agricultura, setor de máquinas agrícolas (e até de automóveis), insumos, propriedades rurais, indústrias como laticínios e frigoríficos, empresas atacadistas, supermercados, instituições de crédito e pesquisa, áreas de armazenagem, transporte e exportação. O agronegócio responde pela geração de 37% dos empregos no Brasil, por 42% das exportações e metade da frota de caminhões do País transporta algum item dessa cadeia produtiva. Cerca de 41% de tudo o que é consumido por uma família vem do agronegócio, que registra índice de crescimento médio anual de 6%.
O PIB do agronegócio é igual a três vezes e meia a soma do PIB agropecuário, de acordo com Marcelo Bressan, que fez considerações também sobre os efeitos da estiagem na safra de verão na região Oeste do Estado. “Ela pode superar a estimativa inicial de 20% e encostar nos 40%”, acrescentou o chefe do escritório regional da Seab, Piotre Laginski. “Isso significa menos recursos circulando na economia local e regional e os reflexos disso começarão a ser sentidos logo”, observou.
No caso específico da soja há um fenômeno mundial que pode diminuir o tamanho do prejuízo. A saca alcança preço superior a 17 dólares, valor dos mais significativos considerando a média histórica de dez dólares. Mesmo assim, a quebra provocada pela estiagem deve retirar aproximadamente R$ 250 milhões da região. A presidente da Acic, Susana Gasparovic Kasprzak, ressaltou a importância do agronegócio para a economia de Cascavel e do Oeste e abriu espaço para questionamentos.
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