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No seu melhor momento, Ferroeste canaliza R$ 42 mi em investimentos

Mesmo considerada uma das obras estruturais mais estratégicas da região Oeste e do Paraná, somente agora, 25 anos depois do início de suas operações, a Ferroeste passa a apresentar números e resultados que realçam a sua importância e necessidade. E o futuro é bastante promissor, informou durante reunião empresarial online da Acic, na noite de quinta-feira, o presidente da empresa André Gonçalves. Ao lado do presidente da associação comercial, Michel Lopes, André informou que a ferrovia recebe melhorias e projetos na casa dos R$ 42 milhões.

A Ferroeste experimenta o seu melhor momento e tem tudo para avançar muito nos próximos anos. O otimismo vem de uma gestão técnica e focada em parcerias e indicadores e na visão disseminada pelo governo federal de priorizar esse modal de transporte. Uma das falas de maior repercussão do ministro dos Transportes, Tarcísio Freitas, é de que o governo pretende fazer pelas ferrovias brasileiras em nove anos o que deveria ter sido realizado em nove décadas. “E esse trecho desperta especial interesse no contexto”, segundo André. A Ferroeste é um dos pilares centrais de um plano estadual de reestruturação ferroviária.

 

No azul

O ano de 2019 foi histórico para a ferrovia. Pela primeira vez, desde que iniciou suas operações, ela fechou com as contas no azul. “Não foi um resultado expressivo, mas pelo menos paramos de ficar no vermelho e de retirar dinheiro do cofre do Estado”, segundo o presidente. De 2018 para cá, o volume transportado pela malha cresceu em 75%. E a expectativa é para muito mais, principalmente com a canalização de diversos investimentos para melhorias e novos projetos.

O trecho de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava tem dez pontos críticos, basicamente problemas ligados à drenagem. A previsão é de solução em 2021. O plano diretor do terminal ferroviário também está na pauta, bem como a aplicação de um projeto de eficiência energética no local. Um dos estudos mais aguardados e reivindicados é o da criação de um corredor de transporte e exportações ligando a malha com extensões a Maracaju (MS) e Foz do Iguaçu.

 

A Nova Ferroeste

As mudanças, atualizações e projetos são tantos e tão promissores que esse conjunto de ações é chamado de Nova Ferroeste, Corredor Oeste de Exportação. Há vários trunfos indicativos de êxito dessas iniciativas, como a característica de produção da região compreendida pelo atual e futuros investimentos e o prazo da concessão da ferrovia (Guarapuava a Dourados (MS) de 90 anos renováveis por outros 90. Devido ao tamanho do potencial e do que se pretende, André informou que o horizonte de trabalho previsto é para 50 anos. Para 2030, a meta do governo estadual é de chegada no Porto de Paranguá, por ferrovia, de 40 milhões de toneladas em produtos.

Outra boa notícia foi qualificar a Estrada de Ferro Paraná Oeste no PPI, o Programa de Parcerias e Investimentos, o que tem facilitado, por exemplo, a redução de prazos para licenciamentos ambientais. Há também o apoio do governo federal à desestatização, um pedido do governo estadual para a Ferroeste poder atrair novos investimentos privados à consolidação do plano estratégico em elaboração. O Corredor Oeste de Exportação prevê extensão em 1.370 metros, e uma vez no Mato Grosso do Sul ela poderá se conectar à malha ferroviária nacional.

André apresentou gráficos e falou de etapas estimadas para até o fim de 2021 que, caso vencidas com sucesso, colocarão a Ferroeste em um novo patamar. O presidente da Acic, Michel Lopes, lembrou que a ferrovia do Oeste em direção ao litoral é um antigo sonho coletivo. “Ficamos muito felizes em perceber a evolução nesses últimos anos e de a Ferroeste poder, de fato, virar um dos principais corredores brasileiros de exportações e transporte de riquezas”.


Legenda: O presidente da Ferroeste, André Gonçalves, e o presidente da Acic, Michel Lopes

 

Crédito: Assessoria
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