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Ferroeste fecha 2021 com o seu melhor resultado, diz André na Acic

Esse é o único projeto ferroviário, entre 79 em todo o Brasil, que contempla o Sul; “Precisamos somar forças e atitudes por essa obra tão crucial a essa região”, alertou Dilvo Grolli


Pelo terceiro ano consecutivo, a Ferroeste fecha com as suas contas no azul. “E será novamente recorde, com lucro operacional superior aos R$ 5 milhões”, informou o presidente da empresa, André Gonçalves, na noite de quinta-feira durante encontro empresarial da Acic, a Associação Comercial e Industrial de Cascavel. “As contas ainda passarão por auditorias, todavia o resultado é expressivo considerando que em 2019, em mais de 25 anos de operação, a Ferroeste obteve o seu primeiro resultado positivo”, disse André a diretores, líderes e associados.

Os resultados dos últimos três anos se devem, principalmente, à adoção de um planejamento focado em resolver problemas crônicos da empresa. “Com muito trabalho e dedicação de todos, mostramos que a Ferroeste pode melhorar e é viável. Com o superávit, deixamos de recorrer ao nosso principal acionista, que é o governo do Estado, o que gerava desconforto”, conforme André, agradecendo o apoio de entidades como Acic, Caciopar e de toda a comunidade do Oeste do Paraná. O coordenador do GT Ferrovias, Luiz Fagundes, falou sobre o atual estágio do processo de concessão, com envio de edital à bolsa de valores no fim de março.

São mais de dois anos de trabalho na estruturação da Nova Ferroeste, que terá seu traçado ampliado de 250 para 1.304 quilômetros. Ela se estenderá do litoral paranaense a Maracaju, no interior do Mato Grosso do Sul, e terá ramais a Chapecó (Santa Catarina), e a Foz do Iguaçu, abrindo caminho às commodities do Paraguai e Argentina. O investimento será de US$ 6 bilhões (R$ 30 bilhões) com prazo de execução, com melhorias no traçado até Cascavel, em dez anos. Depois, os outros trechos dependerão do planejamento da empresa vencedora da concessão, que será de 70 anos.

A capacidade de captação e transporte de cargas do traçado será próxima das 40 milhões de toneladas por ano. A nova ferrovia será responsável pelo transporte de 70% das proteínas de frangos e suínos produzidas no País e destinadas ao mercado internacional. “Essa será a única solução ferroviária abaixo do paralelo 16, ajudando a resolver questões cruciais de transporte dos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e também do Paraguai e Argentina”, observa Fagundes.

Hub

Com esse novo projeto, Luiz afirma que se criará o segundo maior corredor de exportações nacional, que contribuirá para a redução do Custo Brasil nessa operação em 27%. Os cuidados com a elaboração dos projetos de licenciamento ambiental, buscando sempre o que existe de melhor no mundo como referência, fazem da Nova Ferroeste um modelo para o Brasil. “Essa será uma transformação imensa para o Paraná e para os estados beneficiados. Seremos o hub logístico da América Latina e Cascavel será o hub do hub, com a chegada de três BRs e de quatro importantes trechos ferroviários ao município. Vocês terão um imenso leque de oportunidades à sua frente”, afirmou Luiz Fagundes.

Alerta

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apresentou números apontando a importância estratégica de seis estados – três do Sul e três do Centro-Oeste – como grandes produtores nacionais de commodities. Juntos, respondem por 77% dos grãos produzidos no País. Dilvo alertou para o fato de 79 projetos de ferrovias estarem em andamento e apenas um deles contemplando o Sul, justamente o da Nova Ferroeste. “Por isso, precisamos somar forças e posições, porque do contrário, em vez de prosperidade, vamos deixar como legado um cenário de dificuldades às próximas gerações”.

Por sua vez, o presidente da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Flávio Gotardo Furlan, destacou que a união traz conquistas determinantes para a região, principalmente nos últimos anos. “Somos todos Oeste e quanto mais forte a nossa região for, melhores serão as oportunidades, a qualidade de vida e o nível de prosperidade que usufruiremos”, afirmou Flávio.

O presidente da Acic, Genesio Pegoraro, lembrou que a Ferroeste é uma das mais antigas bandeiras da associação comercial e que os avanços, registrados com mais força na gestão de André Gonsalves, comprovam a necessidade estratégica dessa obra para reduzir custos e para tornar os produtos da região e do Paraná ainda mais competitivos internacionalmente.

Legenda: O encontro, híbrido (on-line e presencial), ocorreu quinta à noite, na Acic

Crédito: Assessoria

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